“Síndrome do coração partido” não é ser apenas rejeitado e exige cuidado

| BáRBARA CAVALCANTI / CAMPO GRANDE NEWS


Coração 'partido'. (Ilustração: Henrique Lucas)
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Ser rejeitado não é uma experiência agradável. Mas a dor no peito que um término às vezes deixa, pode ser algo preocupante e em casos mais graves, é possível, literalmente, morrer do coração ao ser abandonado.

A Síndrome do Coração Partido, como é conhecida a Cardiomiopatia de Takotsuba, é uma condição raríssima na qual o corpo reage a uma situação de grande estresse psicológico com sintomas parecidos até com os de um infarto, como dor no peito e falta de ar.

“Há um mau funcionamento temporário do coração, causado por um aumento de adrenalina no sangue, geralmente ocasionada pelo estresse psicológico', reforça o psiquiatra da Unimed Campo Grande, Marcos Estevão dos Santos Moura.

As situações que levam uma pessoa a reagir desse jeito podem ser várias: desde realmente, o fim de uma relação amorosa, a uma notícia de falecimento de algum parente ou uma perda de um emprego. “É algo que a pessoa desenvolve, provavelmente por influência hormonal. Há casos mais graves, que podem, inclusive, levar à morte', comenta.

Conforme o médico, a síndrome geralmente surge em mulheres após os 50 anos de idade ou no período pós-menopausa. Mas a boa notícia é que é algo que tem tratamento e cura. “É uma enfermidade que tem cura pelo uso de medicamentos que equilibram a atividade cardíaca', explica.

Por envolver o coração, é necessário acompanhamento do cardiologista. “Como há um comprometimento cardíaco, o especialista deve ser o primeiro consultado e é ele que fará o diagnóstico. O tratamento vai ser realizado conjuntamente pelas duas clínicas: cardiologia e psiquiatria', detalha.

O médico também acrescenta que é possível até prevenir “partir' o coração. “As pessoas que percebem muita dificuldade em lidar com o estresse, principalmente com perdas ou abandono, devem precocemente fazer acompanhamento psicológico e, em casos de maior gravidade, fazer também tratamento psiquiátrico. Além disso, uma alimentação saudável, atividade física, lazer e uma vida social prazerosa', ensina.

Mas mesmo com o diagnóstico, quem já sabe que tem a síndrome, continuará precisando cuidar do coração e fazer os exames necessários. “Uma vez que há possibilidade de novos episódios críticos em relação àqueles que não são portadores desse diagnóstico, sempre será necessário realizar exames', reforça.



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